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Fala-se de arquitectura. O problema do Estilo Internacional foi difundir uma atitude descontextualizada da arquitectura, na medida em que defendia uma total abstração da natureza e da história. O novo pelo novo. A pureza da arquitectura e da geometria por si só, renegando todo um legado histórico que lhe era subjacente.
Na chamada 3ª geração do modernismo vários arquitectos conseguiram, mantendo-se fiéis ao modernismo, integrar as suas obras, dando-lhes um espírito novo que muitas vezes vinha de uma reinterpretação do vernáculo e do contexto. Entre outros foi o caso de Louis Kahn, de Luis Barragán e de Lina Bo Bardi.
«De facto, como indicou o filósofo José Ferrater Mora, paradoxalmente não são as pessoas que vivem a querer apagar o passado e olhando apenas para o futuro as que nos trazem as grandes inovações. Os que modificam substancialmente o futuro são aqueles que vivem enraizados no passado e são plenamente conscientes das implicações da história, , daquilo que as acções passadas podem trazer como consequência no futuro. Então o que trazem não é um apêndice ou algo transitório, e sim uma mudança que se agrega e concorda profundamente com o sentido do que já existia, daquilo que já estava implícito e faltava desenvolvê-lo. Então cria-se algo com que tem grandes possibilidades de se enraizar, de se converter numa nova tradição.»
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A Modernidade Superada, Josep Maria Montaner
LAC
publicada por Lourenço Cordeiro #
12:50