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Fala-se muitas vezes na arquitectura Hi-Tech? Mas o que é isto? Basicamente é uma corrente de pensamento que se basea nas inovações construtivas para apoiar as decisões de projecto. Promovem o uso de materiais e técnicas vanguardistas na procura de novas formas de habitar ou trabalhar. É essencialmente um fenómeno britânico, embora esteja espalhado pelo mundo todo.
Este tipo de arquitectura é muito espalhafatosa. Seduz facilmente o olhar mais desprevenido. Com isso os seus autores conseguem criar uma imagem de marca que atrai clientes. E o tipo de cliente do Hi-Tech são principalmente instituições abstractas, mais do que pessoas individuais. O cliente ao procurar este tipo de expressão arquitectónica, procura através dela tentar fazer identificar a própria imagem da sua empresa com essa inovação. Usa-se desse fácil poder de sedução para, perversamente, seduzir o público/ cliente.
Muitas sedes de empresas optam por este tipo de arquitectura. De uma certa forma ela é intimidadora, pois à primeira vista foje dos processos tradicionais de construção, o que aumenta o fenómeno do "boi para palácio". Contudo esse processo de construção não é assim tão original. Muitos exemplos dessa arquitectura não passam de operações de cosmética, que introduzem materiais raros de uma forma pouco natural.
Devemos no entanto separar o trigo do joio. O Hi-Tech tem-se constituido como uma das poucas correntes contemporâneas que revela coerência. Tem oferecido bons casos de estudo e contribuído para o desenvolvimento da disciplina. Não podemos é deixar enfeitiçar-nos nesta magia aparente.
Na arquitectura o segundo olhar é sempre mais rico que o primeiro.
Deixo três links para páginas de arquitectos que mais se têm destacado nesta área. Não falo de Renzo Piano pois não o incluo nesta onda.
1.
Foster and Partners
2.
Grimshaw
3.
Richard Rogers LAC
publicada por Lourenço Cordeiro #
14:51