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O presidente da Câmara de Lisboa vai enviar para o Ministério Público processos de licenciamento de obras que, segundo ele, não podem ter respeitado a lei (PDM). Os processos dizem respeito às administrações de Jorge Sampaio e João Soares. "Mas afinal o que é legal?" é a pergunta que faz Santana Lopes. É uma boa iniciativa se produzir algum efeito. As constantes violações do PDM tornaram-se tão banais que hoje em dia já ninguém liga. Estamos habituados a tudo. "Já nada me espanta", uma expressão que ouvimos todos os dias. Mas o que me chamou a atenção foi a reacção do ex-presidente da câmara e actual presidente da república. Questionado sobre esta decisão de PSL, Sampaio não conseguiu esconder o nervosismo. Desta vez não disse "eu não estou irritado" mas o embaraço era visível. Para termos uma ideia Sampaio deixou escapar frases como "eu tenho muita estima pelo dr. Santana Lopes", "estou sempre disponível para conversar", "estou de consciência tranquila", "acho uma boa atitude", " a verdade deve ser descoberta"... Imediatamente depois de ter dito "apoio a decisão", descuidou-se e soltou um "para mim é-me indiferente". Conclusivo. Só faltou puxar do chavão "confio na justiça" para a desgraça ser total. O que incomoda o presidente? A consciência pesada da sua actuação? O constante ganhar terreno de PSL para as presidenciais? A ideia de que como presidente JS deve ser intocável?"
Fico à espera de duas coisas: que o MP se pronuncie e diga qualquer coisa. Se o PDM existe, bom ou mau, tem de ser respeitado. Escrupulosamente. Não há cá "contrapartidas" ou "mais valias" que possam justificar a violação de um Plano Director Municipal. Se é assim, então que se reveja o PDM. É disto que também fico à espera.
LAC
publicada por Lourenço Cordeiro #
14:53