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quinta-feira, julho 03, 2003

 

Quando a arquitectura cresce como o milho

Muito se fala actualmente de arquitectura verde. O que é isso? É mesmo verde? Cresce como as plantas? Sabe a clorofila? Não…afinal de contas tem apenas conotação ambiental. Com o cescente número de pessoas no mundo, com a escalada da poluição e possível esgotamento dos recursos naturais começa-se seriamente a pensar em rentabilizar o mais possível os consumos que a vida actual requer e os desperdícios que daí resultam. A arquitecura não é excepção, até porque incrível que pareça a actividade de construção em Portugal representa uma percentagem significativa de investimento e movimentação de capital. Não é só ao nível da produção e técnicas que há um constante esforço para uma rentibilização do processo mas sobretudo ao nível do tempo útil de vida do edifício, sendo que é talvez aqui que se podem produzir as melhores reduções a nível de consumo energético. De uma forma muito sucinta as opções arquitectónicas passam sobretudo pelos materiais escolhidos para a construção do edifício e pela tentativa de equilibrar o desempenho do mesmo tanto para o Inverno como para o Verão, o que é dizer que durante o Inverno ou Verão o edifício deverá garantir a manutenção de temperatura sem ser necessário recorrer a climatização. Apesar de parecer simples, as medidas a tomar têm a ver sobretudo com ventilação natural do edifício o que, não é de todo fácil de controlar. No entanto é prática que está na moda, arquitectos de grandes superfíces como Norman Foster, Richard Rodgers, entre outros, utilizam amplamente aquilo que se chama o sistema de fachada dupla, supostamente duas fachadas sobrepostas pelo meio das quais o ar é aquecido pelo sol e sobe, provocando assim um ciclo de substituição do ar quente pelo frio e impedindo o aquecimento da fachada e consequente aquecimento do interior. Isto é tudo muito bonito…mas funciona? Eu pensava que sim, depois disseram-me que não e agora vejo na edição de Arquitectura e Vida deste mês a lista dos Top Ten Green Buildings , elaborada pelo Comité para o Ambiente do American Institute of Arquitects. Pela primeira vez vejo dados concretos acerca do que se realmente se poupa: “ …produz 25% do consumo total do edifício…”, “…consome menos de metade de energia do que edifícios semelhantes..”, “…utiliza 36% de materiais recicláveis na sua construção…”. Ao que parece estamos a aprender qualquer coisa, ainda há esperanças de um desenvolvimento integrado entre arquitecura e ambiente, o que, apesar de não ser um fanático ecológico, agrada-me bastante, pela ideia do edifício como uma máquina apefeiçoada até ao limite e autosuficiente. AD
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