Contribuições, insultos, projectos de execução, mas principalmente donativos chorudos para:
A arquitectura dá dinheiro. É um facto. Aliás tem a potencialidade de dar muito dinheiro, como qualquer actividade do sector da construção. Assim sendo, não espanta que alguns considerem que essa é a primeira preocupação, o único objectivo, ou seja
make money. A arquitectura como empresa, não que isso seja condenável, mas apenas como empresa.
Depois lá está. Usam argumentos de sedução da clientela, também ela abstracta e corporativa,
The Corporate Architects. Argumentos apoiados em números e factos, em garantias e seguros, em tabelas e índices. Responsabilidade profissional, dizem. Tudo bem, nós comemos isso. Grandes equipas, capacidade de gestão, metas, prazos cumpridos ao segundo. Outro nível, outra dimensão.
Usam termos anglófonos, sinal de uma internacionalização que a sua condição exige, o País é demasiado pequeno, demasiado provinciano. Não têm um único pensamento motivador, um único sonho, uma única utopia. E sentem-se bem, pois a conta bancária aumenta.
Só não venham é refilar quando se diz que essa arquitectura não tem interesse.
LAC
publicada por Lourenço Cordeiro #
12:51