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Já aqui escrevi algumas vezes sobre a crítica. No recém criado
Epiderme fala-se também deste tema. Atrevo-me a transcrever o texto:
«A crítica, apesar (ou precisamente por causa) da sua subjectividade deveria ter aqui um papel fulcral. Mas a (a)crítica portuguesa é demasiadas vezes inócua e asséptica. A (a)crítica portuguesa parece ter medo da crítica. Há quem se esqueça que a crítica não tem que agradar. Pelo contrário, deve incomodar. Espera-se de um crítico que tome uma posição. Pessoal, concerteza. Subjectiva e discutível. Do mesmo modo, a crítica não deve ser uma teoria abstracta, envolvida no deleite da palavra, mas um estímulo concreto, suscitando a reflexão sem a preocupação de dar respostas definitivas. Uma reflexão que não existe na leitura de textos em que empenhamos todo o nosso esforço na simples descodificação das frases que, no fim, revelam-se completamente vazias. Quando se faz a crítica pela crítica, quando se começa a fazer teoria da teoria da teoria, começa-se a cair num discurso que raia a ininteligibilidade ou, pelo menos, o tédio. O que até já provou ser uma fórmula de sucesso, granjeando prestígio a muitos dos praticantes deste estilo.»
E mais não digo.
LAC
publicada por Lourenço Cordeiro #
15:39