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Agora que leio o post do
LAC lembro-me nítidamente de quando conheci o projecto EMP (Experience Music Project) do Gehry e da indecisão que foi na altura para chegar a alguma conclusão. Já tinha tido a felicidade de visitar Bilbau, experiência que deixou marca indelével. A verdade é que ao tomar conhecimento do EMP as coisas aconteceram de forma diferente, notei na altura um certo facilitismo na aplicação da fórmula mágica. Lembro-me do desajuste entre a liberdade criativa e a necessidade pragmática de elaboração de áreas com utilizações bastante específicas e constrangedoras. O que leva à questão, de que se por um lado há um esforço na criação de uma "linguagem nova" esta perde o pé na altura da elaboração do "miolo", do "cerne" do edifício. É que rodeados pelas "fachadas" há uma série de espaços perfeitamente banais, com uma organização ortogonal e sem grande história. Uma coisa é a evolução do pensamento puro arquitectónico, a outra é a real evolução da arquitectura enquanto dado físico. Creio que o contributo do Gehry é mais no sentido desta última, o que não é de alguma forma uma crítica negativa, bem pelo contrário.
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publicada por Lourenço Cordeiro #
19:27