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Há dois sonhos que não foram concretizados na infância: ter um sótão, o local maravilhoso cheio de pó e que é uma maravilha nos filmes do Spielberg; uma lareira em casa, para poder passar as noites de inverno aquecido no interior enquanto “neva lá fora”. O sótão já não faz muita falta mas da lareira não abdico. A importância é tão grande que ainda actualmente, nas recentes habitações, parece ser a cereja em cima do bolo. Quem não fica derretido quando vai ver a sua possível casinha nova, que tem parede dupla, convenientemente isolada, com uma dimensões porreiras da sala e da cozinha, tendo ainda uma lareira para passar as longas noites? Se bem que o que chamamos actualmente de fogo tem a origem na construcção medieval de duas divisões + lareira (por isso fogo) não deixa de me parecer caricata esta “obcessão”, até porque muitas vezes depois ninguém usa aquilo porque é preciso ir ao supermercado comprar lenha e por um motivo qualquer o fumo fica dentro de casa.
Em conversa com um amigo dizia-me ele que tinha visto um canal qualquer que se apanha com a parabólica em que se limitavam a filmar uma lareira, dando ao espectador a possibilidade de ouvir o crepitar do fogo. Parece-me bem, é prático, não suja e desliga-se com um botão! Eu até gosto de lareira, é divertido, mas não é aqui em Lisboa, num apartamento qualquer no 12º piso. Isto faz-me lembrar o denominado gosto
rústico, em há as asnas de madeira , a aplicação da pedra no interior da habitação, enfim, quando se quer viver com no séc. XIX mas com um computador e uma televisão...já agora um microondas que também dá jeito, é que cozinhar na lareira é muito demorado.
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publicada por Lourenço Cordeiro #
18:42