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Este domingo a TV2 brindou-nos com um documentário acerca do arquitecto Peter Zumthor, no qual o arquitecto, perdido nas idílicas paisagens suiças, descreveu um pouco da sua filosofia. o que é curioso é que ao falar de um museu qualquer, lá toca na ferida: Gehry, dizendo que se encontram em campos diferentes. não fez críticas, apenas disse que os campos de abordagem da arquitectura são diferentes. Por vezes não nos devemos precipitar ao julgar este tipo de coisas, é que embora nesta última semana se tenha discutido a validade da obra do Gehry, não sei se se chegou a um acordo. Duvido que se consiga desmascarar a arquitectura a ponto de a tornar inválida. Maior parte das coisas que fazemos são baseadas em conceitos mais ou menos pessoais e sobretudo abstractos. Não considero a arquitectura Gehryana má, talvez débil ou enferma, de um tipo que sabe correr mas não andar ou então gritar mas não falar. Quando o Lourenço falou numa possível explicação através do desfasamento que há entre o processo conceptual e o processo construtivo não me deixou convencido. Ainda acredito que a sua fragilidade está apenas num ponto: o próprio processo criativo ou conceptual. A sua passagem para a realidade concreta é conseguida, já nasceu no entanto débil.
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publicada por Lourenço Cordeiro #
18:10