Contribuições, insultos, projectos de execução, mas principalmente donativos chorudos para:
O texto não é novo, é da década de 60, e se é aqui transcrito é pela forte impressão deixada pela coragem do arquitecto ao assumir esta posição. Fica a dúvida se seria ele capaz de o fazer actualmente, tendo em conta a "guerra 73/73".
AD
«O arquitecto projecta, actualmente, uma percentagem muita pequena do espaço organizado; não vemos aliás como poderia projectar “tudo” e do interesse mesmo que haveria em que ele tudo projectasse, até porque não têm limite as actividades de organização do espaço arquitectónico. Cremos, sim, que a ele compete a criação de protótipos e sem dúvida, portanto, o comando do espaço organizado no que à sua profissão diz respeito; mas aceitamos que, para um grande número de obras ele possa não ser chamado, na medida em que “os outros” – profissionais ou não – saibam organizar o espaço com lógica e com beleza, condições que, diga-se em abono da verdade, o arquitecto muitas vezes não possui, facto que deve dotá-lo de uma certa humildade ao criticar os mesmos “outros” que, por vezes, possuem tais qualidades em maior grau que ele próprio.»
Fernando Távora - Da organização do Espaço
publicada por Lourenço Cordeiro #
13:36