Contribuições, insultos, projectos de execução, mas principalmente donativos chorudos para:
Deve Lisboa ter torres? Sim - é inevitável.
Se sim, qual os locais onde isso deve acontecer?
O
m'A deu-nos umas pistas (
2ªCircular, em Linda-a-Velha, em Odivelas, nos Olivais, no Saldanha ou na Praça de Espanha, em Entrecampos ou (e apenas para citar mais um) no Alto de S.João ). Porquê aqui e não em Alcântara, como advoga?
O assunto começa a ser complicado e a gerar confusões. O que está por trás da negação quer da ideia de Siza (Alcântara), quer da ideia de Graça Dias (Margueira), é uma repugnância natural da densificação da margem ribeirinha. No caso de Alcântara um argumento torna-se decisivo: onde está o Plano Pormenor que regula a volumetria ribeirinha? Sem este instrumento instala-se a anarquia, os movimentos de pressão, os lóbis.
De facto, esta é a inquietação que me assola. Digo:
quero ver as torres do Siza construídas, mas fico apreensivo quanto à falta de uma estratégia de conjunto. Uma margem pontuada ocasionalmente por torres, belas e fortes, torna-se numa mais-valia impressionante para a cidade. Sobretudo porque combateria a imagem «atrasada» e «tradicional» de um pequeno País. Mas uma margem descontrolada e alvo da mais bruta especulação seria um desastre, uma aniquilação urbana fortíssima.
A Administração do Porto de Lisboa está a mais. A área que controla está em parte decandente e obsoleta. É urgente uma intervenção ribeirinha, um plano de conjunto, global. Se lá couberem as torres ainda bem.
Não sei o que é mais preocupante: a instalação de uma alta volumetria claramente absorvida pela ponte 25 de Abril, ou a construção do Casino, à beira-mar plantado, no Jardim do Tabaco, que vai ter muitos «jogos de água».
LAC
publicada por Lourenço Cordeiro #
19:03