O PROJECTO

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segunda-feira, fevereiro 09, 2004

 

«Here in Madrid»

Estive hoje presente na apresentação do work in progress sobre o aterro da Boavista, a ser desenvolvido por Norman Foster. Apresentação de gala, com meninas-bibelot e tudo, presidente da Câmara (esse mesmo) e da junta, directora da ExperimentaDesign (Guta Moura Guedes, uma mulher lindíssima), malta do IADE e do BES.
Vale a pena recordar o que em Setembro escrevi:

O arquitecto inglês foi escolhido para uma intervenção em Santos, no aterro da Boavista. Lisboa vai ganhar, no cruzamento da av. D. Carlos I com a 24 de Julho, junto ao IADE, um novo espaço de habitação, serviços, comércio e lazer. Os lisboetas podem esperar o quê? Bem, acima de tudo, uma coisa com um boa imagem, limpinha e competente, que sem dúvida irá ganhar a reputação de “moderna”. Será um sítio de eleição? Estaremos à espera de uma obra de arte? Provavelmente não, mas o limpinho já não é mau. De qualquer maneira é motivo de satisfação poder contar com o trabalho do britânico em Lisboa. Estou certo de uma coisa: o grupo Espírito Santo vai dar por bem emprego o seu dinheiro.

Confirma-se. Com a surpresa de uma proposta de torre com 100 metros, menos 5 do que as outras, do Siza.
A apresentação em si foi uma desilusão. Norman Foster falou do óbvio como se de um milagre se tratasse. Apresentou imagens e animações «para Inglês ver» e não conseguiu responder directamente a nenhuma pergunta que foi feita.
Quer isto dizer que não vale a pena o investimento? Nada disso, anseio pela sua construção. Mas muito ficou por explorar, como as passagens por cima da 24 de julho que foram apenas insinuadas...
Muitas referências ao seu trabalho (como uma comparação (?) com Nimes, o Carre d'Art), comparações de escala despropositadas (referência a S. Marcos), uma desadequação entre o discurso (design e espaços culturais) e o desenho (habitação e terciário), foram algumas das peripécias da apresentação.
Ah, e pelo meio ainda deixou escapar a expresão que dá nome ao post, ao dissertar sobre uma imagem da Torre de Belém. Enfim, coisas que a um Pritzker se perdoam... LAC

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