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As palavras, os conceitos, as definições, as denotações, as conotações, são fugidias. Gostamos de jogar com elas, de brincar com o seu som, o seu significado. A palavra violência tem, sem dúvida, um significado muito mais amplo e rico do que o corrente, dos telejornais, das guerras e dos confrontos.
Gostei de ler o
texto do Pedro. Concordo e aprendo, à medida que vou descobrindo as palavras que explicam e desmontam os
mecanismos espaciais que nos aprisionam... Como é dito e muito bem, ao explorar o conceito de
violência na arquitectura,
«estamos num campo muito conceptual da arquitectura, teórico, mas nem por isso menos importante.» Não era necessário, embora compreenda, enumerar o rol de personalidades que partilham esta ideia. Pedro, bastam as tuas palavras.
Ainda assim.
Preocupa-me muito a falta de contacto e de referências mútuas entre a
arquitectura dos arquitectos e a
arquitectura de todos os outros. A comunicação é, cada vez mais, um tema fundamental na arquitectura. Infelizmente, ao arquitecto não são permitidas as veleidades do artista. Embora a teoria da arquitectura seja uma disciplina com uma autonomia considerável. Ao discutirmos (aqui) a violência na arquitectura, é muito importante que se perceba esse «sentido lato», esse significado que não é
dicionalizável.
Quando transcrevi o significado de «violento», a entrada do dicionário, o objectivo foi alertar para essa conotação mais imediata. Em prol de uma clarificação que é devida ao leitor não especializado.
P.S.: A arquitectura é, infelizmente, em muitos contextos uma
característica. Algo que se considera dispensável na concepção do ambiente urbano. Podemos aceitar a arquitectura como omnipresente, considerando a barraca auto-construída como uma expressão arquitectónica, por exemplo. Eu não vou nisso. A arquitectura, na sua comlexidade e exigência, é algo que escapa a muitas edificações. Transforma-se numa
característica, algo que distingue.
LAC
publicada por Lourenço Cordeiro #
12:47