Contribuições, insultos, projectos de execução, mas principalmente donativos chorudos para:
(retomamos a emissão regular)
A arquitectura deve responder ao seu tempo. Deve deixar testemunho histórico. Por isso se rejeita o
kitsch, as cópias, a demissão de intenção, o "á moda de", as repetições. O nosso
zeitgeist é, contudo, marcado por uma cultura do imediato, do superficial, do temporário.
Há poucos dias houvia um destacado cientista dizer que será muito difícil fazer a história da ciência e do pensamento do século XXI, pois o principal meio de comunicação (a internet) não deixa rasto. Do passado chegam-nos as cartas, os livros, os rascunhos, os manuscritos, os objectos. No presente isso não chega para fazer a história. Sem o telefone, a rádio, a televisão e fundamentalmente a internet, o nosso tempo não se explica correctamente. E esses meios não deixam facilmente arquivos.
O que deve ser a nossa arquitectura? Parecer é tão importante como ser? É legítimo construir sem o sentido do longo prazo? Tornou-se a arquitectura num fenómeno de consumo?
Este é o paradoxo. Fazer corresponder a arquitectura ao
zeitgeist significa torná-la superficial e volúvel.
LAC
publicada por Lourenço Cordeiro #
12:50