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A frase «ideologicamente» à deriva era uma (ingénua, pensei eu) provocação. Precisamente
por ser comunista. Se há atitude que se reconhece nos militantes do partido é a sua coerência. Cunhal teve uma carreira política marcada por essa palavra. Acontece que eu não sou comunista (tal como o
Salmoura) embora não esteja assim tão longe da direira que nos governa. E dizer que o comunismo é a única ideologia que se «conhece» nos dias de hoje não é, felizmente, verdade. Dizer que um comunista está «à deriva» é talvez um contra-senso. Como diz o Salmoura, um comunista tem «referências seguras», tem «bússola» e «conhece o Norte». No entanto, e numa visão de quem não vê nada de socialmente justo ou politicamente correcto no comunismo, esse «Norte» não é o mesmo que o meu. E por isso, segundo o meu referencial, qualquer comunista está à deriva. Quis separar a ideologia da obra. Porque a obra, essa, é sublime. Mas não tenho ilusões. A história da arquitectura moderna está marcada por «ideologias» socialistas. Para o bem e para o mal.
P.S.: Agradeço a expressão de «admiração» do Salmoura. Mas aviso-o: expressões dessas podem indicar sérios indícios de «deriva» no que respeita ao reconhecimento da qualidade. Um abraço.
LAC
publicada por Lourenço Cordeiro #
15:29