O PROJECTO

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quarta-feira, maio 26, 2004

 

sete e meio por sete e meio

A propósito da falta de fascínio pela «cidade moderna». É grave. Há uma sensação de confiança que parece ser inevitável: a «cidade moderna» é boa. É competente. É tecnicamente apurada. É pensada. É vanguardista. É organizada. Mas falha constantemente. Ouvia ontem, numa simplicidade cortante, alguém dizer que o Jardim da Estrela, apesar do seu desenho «rígido» e pouco «livre», era incomparavelmente mais eficaz que o espaço público da Expo. E é a mais pura das verdades. Ora, importa tentar perceber porquê. Eu não estou para isso. Mas importa. Os espaços públicos da Expo (que acabam de ser galardoados com o Valmor, e bem) são pouco naturais. Como se disse também, aí há um constante estímulo para o consumo. O rio é consumido, como são consumidas as bicicletas de aluguer. Tudo está catalogado, com legenda e sinalização adequada. Mas para quê? E então? Tudo funciona, dirão. Mas a cidade é tão mais bela quanto disfuncional. Que as coisas funcionem na macro-escala, é o que peço. Que tudo se desorganize na nossa escala. Mas afinal, onde é que se namora nessa cidade? Há coisas inconsumíveis. Nós já não sabemos o que isso é, ser inconsumível. Desisto. O mundo não é clarificável. Nada bate certo. O que aprendi, está desenhado na Expo. As regras, as ideias, os conceitos. Tiro instantâneos dessa modernidade. Catalogo. Arquivo. Desenho. Estudo. E chega. Vou para o Jardim da Estrela viver. Passem bem. LAC
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