O PROJECTO

Contribuições, insultos, projectos de execução, mas principalmente donativos chorudos para:

blog_oprojecto@hotmail.com (com minúsculas)

segunda-feira, junho 14, 2004

 

Breve explicação do acto

Era uma vez umas eleições europeias. Nestas eleições, o povo decidia quem representaria o seu país no Parlamento Europeu. O Parlamento Europeu é um sítio onde, democraticamente, os 25 países membros votam concensos. Num pequeno país as eleições correram sem sobressaltos. Com um governo constituído por uma coligação dos partidos de centro-direita, coligação necessária para uma maioria absoluta que se impunha após a fuga do centro-esquerda, Portugal atravessa tempos de recuperação. Recuperação que custa sempre, pois são necessários alguns esforços. Ora o povo, que não é nada parvo, sabe que só ele faz esses esforços; a classe "alta" está escusada, pois tem "posses". Durante a campanha não se falou da Europa, só do país. Bom, houve algumas entrevistas onde foram abordados alguns temas, mas nos comícios da TV só se viu insultos e comentários sobre a política interna (com a excepção da guerra). Quase no final da campanha, o cabeça de lista do maior partido da oposição, vencedor anunciado das eleições, viu a sua vida acabar de uma forma abrupta, que comoveu o país. Um antigo presidente da República e desse partido, chamado Mário Soares, disse no dia da morte de Sousa Franco que a melhor maneira de respeitar a memória do professor seria votar na sua lista. O povo, que não é nada parvo e respeita o dr. Soares, obedeceu. Houve outro facto que pesou: o nome da coligação. A coligação armou-se em esperta e decidiu intitular-se «Força Portugal», numa clara alusão ao futebol, pois nesse país decorre o campeonato europeu de futebol. A selecção da casa até jogo no dia antes das eleições, o que poderia ser bom para a coligação. Mas não foi. Portugal levou uma abada dos Gregos e subitamente o cachecol que diz «Força Portugal» passou a ter um sabor amargo. A coligação lixou-se. Entretanto, no mundo dos pequenos partidos totalmente irrelevantes, houve uma estreia. O Bloco de Esquerda, que é um movimento formado por partidos um bocado esquisitos, elegeu um deputado, sem que se lhe reconheça alguma ideia "europeia". Os comunistas mantiveram a sua dupla, adiando a agonia da morte por uns tempos. Ah, e também havia um partidozito chamado Nova Democracia, mas esse deve ter-se perdido no caminho, pois ninguém o viu. E então, o que sai disto? Sai que a esquerda faz a festa e Ferro Rodrigues será o próximo canditado da oposição a primeiro-ministro. Claro que ninguém acredita que Ferro Rodrigues será primeiro-ministro de Portugal, mas o melhor é deixá-lo estar sossegado. O dia hoje é de festa. Para a esquerda. Uma vitória moral.
Comentários: Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]





<< Página inicial

Arquivos

junho 2003   julho 2003   agosto 2003   setembro 2003   outubro 2003   novembro 2003   dezembro 2003   janeiro 2004   fevereiro 2004   março 2004   abril 2004   maio 2004   junho 2004   julho 2004   agosto 2004   setembro 2004   outubro 2004  

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscrever Mensagens [Atom]