Contribuições, insultos, projectos de execução, mas principalmente donativos chorudos para:
A época das grandes salas já acabou (infelizmente). Hoje, ir ao cinema é mais uma actividade de consumo como outra qualquer. Tirando as salas que se demarcam claramente (como o King), o panorama é sofrível. Salas sem ambiente, sem marca, sem impressão. Por isso, espanta que o Corte Inglés tenha conseguido afirmar-se como referência. Não só pela qualidade das salas (evidente), mas também por um ambiente próprio. A rivalizar com a grande superfície (no mainstream da oferta) só temos o Monumental. Na minha opinião. E porquê? Eu reconheço naquelas salas (no "Cine-teatro" especialmente) um modo próprio de mostrar filmes. Mas porquê? Gosto de pensar que isso se deve ao trabalho de
Egas José Vieira e Manuel Graça Dias, que foram capazes, como sempre o fazem, de marcar positivamente um espaço. A que não ficamos indiferentes. Reconheço que não sou inocente. Estou (penso) treinado para olhar. Mas estou convicto que aquela arquitectura, de interior, é o suficientemente forte para gerar ambiente. E que isso contribui para o "sucesso" do Monumental.
publicada por Lourenço Cordeiro #
19:58