Contribuições, insultos, projectos de execução, mas principalmente donativos chorudos para:
E o hotmail dá sinais de vida:
«Quanto exagero. "A verdadeira cidade está no guia, é a cidade do guia". Não acredito que algum comprador de guias de viagens (nos quais orgulhosamente me incluo) o pense. O bom guia não existe. O mau sim. O preferido de cada um, seguramente (com excepção daquelas pessoas que escrevem contra eles raivosos manifestos). O meu não pretende esgotar a cidade nas suas poucas dezenas de páginas, apenas sugerir, contar pequenas curiosidades que correm o risco de serem ignoradas. Não espera que o leiam de uma ponta à outra, nem que sigam todos os seus percursos... Não crê que possa revelar-me a alma de um povo e de um país ou teria o seguinte spot publicitário: "Eis tudo o que há para saber sobre este destino. Se ainda assim considerar que tem de lá ir, devolveremos os seu dinheiro". Está escrito de forma escorreita e, preferencialmente, na primeira pessoa. Dá-me vontade de partir o quanto antes, de ver tudo o que aquele viajante viu e tudo aquilo que lhe escapou.
É certo que as informações sobre museus, horários, transportes, mapas não serão desprovidas de utilidade (particularmente os mapas, no meu caso), mas facilmente se descobrem no local. Não é isso o que mais interessa. A mim agradam-me as curiosidades, as lendas e histórias. Ver se batem certo as impressões de um viajante com as dos locais. Raramente me fico pela pouca informação que vem no guia, mas é verdade que me dá muitas "dicas", e agradeço-lhe por isso. Enquanto a nossa relação se mantiver esta, vou continuar a usá-lo.
Jamais pode um guia amputar a uma cidade a capacidade que ela tem de nos surpreender. Parece-me isso tão óbvio.
Já agora. Algo contra mulheres nuas?» (Mariana)
Resposta: Não. Nada contra mulheres nuas.
P.S.: Um dos guias que para aqui andam tem (e vou ser preciso) 432 páginas.
LAC
publicada por Lourenço Cordeiro #
20:19