Contribuições, insultos, projectos de execução, mas principalmente donativos chorudos para:
No final do dia, o que conta são as pessoas. O modo como decidem abraçar ou rejeitar o novo orgão faz lembrar o comportamento do corpo humano num transplante: o coração pode ser bom, mas se não for compatível nada feito. Os estádios do euro começaram, obviamente, mal. Ninguém percebia bem o investimento. As memórias que entretanto se sedimentaram sobre eles garantem, desde já, uma relação priviligiada com o público. O país senta-se e descalça-se, vai buscar uma cerveja ao frigorífico, gelada, e olha para tudo isto com satisfação, incapaz de mostrar vergonha pela falta de confiança demonstrada inicialmente. Infelizmente o futebol não esgota os nossos problemas. Infelizmente, em 2005 não haverá Euro, nem Expo, nem aquela-coisa-dos-barcos-que-queriam-trazer-para-Oeiras-ou-lá-o-que-era. É altura de voltar à vida quotidiana. Por muito que isso custe.
publicada por Lourenço Cordeiro #
14:53