O PROJECTO

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segunda-feira, setembro 27, 2004

 

As Sete Falácias: #6, «O Centro Esquecido», ou «Apenas o Rico e o Pobre»

[Desde que a civilização construída existe os arquitectos têm servido o poder - quer seja o estado, a Igreja, a aristocracia ou oligarquia. O patronato das elites não é surpreendente, dado o elevado preço dos edifícios. O Iluminismo e o Modernismo, honra lhes seja feita, expandiram o repertório dos arquitectos de modo a incluir a habitação social e as estruturas utilitárias do dia-a-dia. Mas desde o declínio do Movimento Moderno, a academia e os profissionais têm de um modo geral desistido desta agenda social progressiva. As razões deste fracasso são estruturais e estão para além do nosso controlo, por exemplo, as correntes de resregulamentação, globalização e consumismo.

Também traímos a nossa obrigação profissional de não causar danos e a nossa confiança pública de contribuir para a alegria e diginidade humanas. A maioria dos nossos projectos são para os 5 ou 10 porcento priviligiados - ricos clientes privados, governo, instituições, e clientes empresariais. (As empresas de arquitectura cobram 50% da sua facturação a comissões institucionais.) Ainda fazemos muito pouco trabalho para os 5 ou 10 porcento mais desfavorecidos, por exemplo habitação para os pobres, os doentes, e estudantes universitários. Devemos expandir o nosso serviço, incluindo pro bono, para as classes económicas mais baixas, especialmente para os povos que não são americanos por escolha como os afro-americanos e os nativos.

Contudo, a grande omissão é a classe média. Nem patrões, clientes, ou classes protegidas, este «quarto estado» da clientela de arquitectura é o indivíduo, parte desse grande exército de consumidores que compra casas como quem compra carros e frigoríficos. Apesar do trabalho dos arquitectos influenciar indirectamente a sensibilidade vernacular, nós geralmente vemos o gosto da classe média como vergonhosamente banal e indigno da nossa atenção. Tirando os apologistas do New Urbanism, a maioria dos arquitectos receiam trabalhar neste mundo sem classe de construtores e empreiteiros, banqueiros, e casas-modelo, apesar de isso representar o núcleo do ambiente construído.]

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