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quarta-feira, setembro 29, 2004

 

As Sete Falácias: #7, «Mais, Maior, Mais Alto»

[Até ao embargo de 1973, a arquitectura Modernista, bem como toda a sociedade Ocidental, vivia num alegre consumo e exploração dos recursos naturais. Mesmo com as massivas reformas ambientais e com as alterações universais de comportamento que emergiram durante as décadas de 70 e 80, os Americanos ainda consomem cerca de 5 vezes mais do que a sua cota energética e produzem uma quantidade semelhante de gases estufa. A nossa casa média ocupa hoje um lote maior e cresceu cerca de 40% na última geração, ainda que os agregados familiares tenham diminuído. Em 1900, a casa média americana nem tinha casa de banho; em 2000 a casa nova média tem menos ocupantes do que casas de banho! E gastamos mais nelas por metro quadrado do que em espaços públicos.

A responsabilidade legal tradicional do arquitecto na América de proteger «a saúde pública, a segurança, e o bem-estar» precisa de ser recalibrada: por saúde pública já não se entende o controlo de doenças infecciosas mas a limpeza dos terrenos livres e do ar poluído; a segurança é mais sobre ruas seguras e segurança nos edifícios do que a protecção a colapsos estruturais e controlo do risco de incêncios; o bem-estar é hoje mais sobre a conservação dos bons locais existentes e a criação de novos ambientes calmos e acessíveis num mundo cada vez mais caro e frenético.

As três bases da sustentabilidade - Ambiente, Economia, e Equidade - precisam de um quarto vector, a Estética, como Fritz Steiner e outros arquitectos paisagistas têm indicado. Porque se um edifício, paisagem, ou uma cidade não forem belos, não serão amados; e se não são amados não serão mantidos nem sustentados. Adicionar a Estética ao conceito de sustentabilidade é a chave que falta para tornar mais «verde» a cultura arquitectónica profissional e académica.

A arquitectura pode fazer muito mais com muito menos. Vamos ensinar a próxima geração bem como a nós próprios a construir menos mas melhor, e com menos; a reciclar; melhor ainda, a reutilizar; a projectar para o «agora a longo prazo»; a lembrar que a sustentabilidade e a justiça ambiental são intergeracionais bem como internacionais.]
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