O PROJECTO

Contribuições, insultos, projectos de execução, mas principalmente donativos chorudos para:

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segunda-feira, setembro 13, 2004

 

Direito de resposta

«Face à sua estupefacção, as seguintes observações:

1.
(...)Não percebo sequer porque lê este blogue. Sinceramente, é muito fácil ignorá-lo, vai ver que consegue fazê-lo sem dificuldade. (...) Nem percebo o seu incómodo por ver uma «truta nova» escrever o que lhe apetece. Se estes textos produzissem algum impacto público, se eu lucrasse com o que aqui escrevo, se isso contribuísse para a minha promoção pessoal (...)

Como leitor da revista Arquitectura e Vida, o Lourenço de certeza que sabe que o seu blogue foi mencionado na rubrica Internet da edição 45 (Janeiro, 2004) da referida revista. Posto isto, e entre outras coisas, não me queira convencer de que os seus textos não produzem qualquer impacto público, quanto mais não seja dentro da própria classe, o que já é significativo.
Assim, se lucra com o que escreve não sei. Se isso contribui para a sua promoção pessoal (positiva ou negativamente), também não sei. Agora que causa impacto público, essencialmente junto da classe, penso que já não restam dúvidas.


2.
(...) Em primeiro lugar, eu não produzo crítica, não sou crítico, tenho um respeito considerável por essa actividade que me impede de aspirar a tal condição. Quanto às «invejas doentias», não sei por onde pegar. Eu não «invejo» ninguém, principalmente aqueles que critico. (...)

Aqui apetecia-me dizer apenas: NO COMMENTS.
No entanto, e uma vez que estas contradições comprometem a coerência do seu discurso (se é que alguma vez ele foi coerente), se conseguir esclareça-nos.
Produz crítica ou não produz?
Critica ou não critica?

3.
(...) Acha que sou desonesto com o trabalho de muitos arquitectos portugueses? Mas que arquitectos portugueses? Com quem fui desonesto? As suas acusações são muito vagas. (...)

Pois bem, se pensa que estou a ser muito vago, eu especifico recorrendo a um post seu datado de 25 de Julho do corrente ano. Ora recorde...

foda-se, isto é mesmo mau

Pois, err... bom, o que eu quero dizer é que... isto é, na perspectiva de que não... não é bem isto, esperem, é só que... não, eu sei que ele é maçon, mas acho que não tem a ver... o que eu quero dizer é que a arquitectura... pois, mas qual arquitectura?... sim, qual arquitectura... bom a análise não se deve basear unicamente na imagem... por certo há aqui parâmetros de qualidade que não saltam imediatamente à vista... isto é, tem de haver não é? não é?... é do Troufa Real, eu sei, não se deve esperar muito, sim... mas há limites, ou pelo menos eu acho que há limites... se isto é uma merda? é um modo de pôr a questão, mas não sei se será o mais indicado... o Troufa é pateta? não, nem pensar... mas é um modo de abordar a coisa, sim... é cómico? humor? talvez haja espaço para uma arquitectura de humor... ou talvez não... o meu mal deve ser sono... coitado, deve ter tido boa vontade... só tenho pena dos fiéis do restelo...

Recorda-se? Na verdade nem sei por onde começar, tal a estupidez denunciada neste post. Ainda mais, se tivermos em conta que tudo isso é baseado numa única fotografia, que nada esclarece. No entanto, nem assim lhe dá o beneficio da dúvida, mas antes trucida-o por completo. Deixe-me perguntar-lhe o seguinte:
Tem a noção do teor do comentário que escreveu?
O que o move contra o arquitecto Troufa Real?
Seria capaz de dizer isto em público?
E cara a cara com o próprio?
Sabe o que este post evidencia? (além da estupidez, anteriormente referida)

4.
(...) Mas deixe ver se percebi: por ser «truta nova» devo ser humilde, recatado e cumpridor? Respeitar os mais velhos e aprender com dedicação? Está bem, aceito, mas o que tem o blogue a ver com isso? (...) Tenho muito tempo para aprender. (...) E mesmo que seja desonesto para alguém (coisa que duvido ter sido), lembro-lhe mais uma vez que esse tipo de coisas são permitidas num blogue. (...)

Começo este ponto com a ultima pergunta do ponto anterior, uma vez que a temática é a mesma. E porque presumo que, neste momento, ainda não saiba o que evidência aquele post dou-lhe a resposta. Tal como na generalidade dos textos do seu blogue, aquele denuncia a sua falta de respeito (neste caso, respeito é algo que deveria ter por qualquer colega de profissão, independentemente do seu gosto pessoal) e de humildade (uma vez que ataca inadvertidamente um colega que "já leva muitos anos disto" e com o qual, o Lourenço, não duvide que teria muito a aprender). Agora, não pense que por escrever num blogue, pode dizer todas as barbaridades que lhe vêem à cabeça caluniando e ofendendo qualquer pessoa.

5.
(...) Por último, recomenda que publique aqui alguns dos meus projectos para que, dessa forma, me coloque num patamar de igualdade com quem critico. Caro Carlos Cardoso, essa cai em saco roto. Sou o primeiro a criticar o que faço e acredite não sou muito benevolente. Não percebo o que tem isso a ver com o que escrevo. É o velho complexo de quem é criticado: devolver a crítica à procedência (...)

No que diz respeito ao seus projectos, lancei o pedido de que os publicasse no blogue para ver até que ponto aceitaria expor-se à critica e analisar a forma como lidaria com esta. Foi, no entanto, sem qualquer surpresa que recebi a sua reacção e o temor que demonstrou pela crítica. Mas, e aproveitando a sua tenra idade, pergunto-lhe:
E na faculdade, não mostrava os seus trabalhos aos professores? E as opiniões deles, aceitava-as?
E dos seus colegas, também deles escondia o seu trabalho?
Ou será que tem medo que alguém adopte a sua postura, e "atire" com um comentário do género: foda-se, isto é mesmo mau (onde é que eu já ouvi isto?!) ?


6.
Cardosão: (...) dê-nos a cara antes que lhe desejemos o cu. Por enquanto, palhaço! Tenho dito.
(...)
O arq. Cardoso é um ressabiadeco qualquer
(...)
o gajo tá parvo!... já tinha dito?

Comentários ao post das trutas.

De facto, os comentários deixados no seu blogue espelham a sua qualidade. No seu lugar eu estaria tremendamente satisfeito (certamente que se identificam com a sua escrita, só pode!).

7.
Por ultimo, mas não menos importante, aproveito para esclarecer que a expressão "truta nova" por mim, inicialmente, utilizada não padecia de nenhum sentido pejorativo, mas sim irónico, pelo que não compreendo o porquê de tanta celeuma levantada à volta desta expressão. Também não me identifico com a expressão "truta velha" (tenho 37 anos) ou "velhos do restelo", uma vez que não tenho mentalidade retrógrada nem tão pouco saudosista. Tenho isso sim RESPEITO pelo trabalho dos outros, quem quer que eles sejam.

Atentamente subscreve-se,
Carlos Cardoso, arquitecto.»


Por enquanto não posso responder, mas logo que puder volto ao assunto.
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