Contribuições, insultos, projectos de execução, mas principalmente donativos chorudos para:
«Não gosto de ouvir dizer que não se gosta do Porto, da cidade do Porto. Não gosto de ouvir dizer que o Porto é feio, triste e escuro.
Estou perfeitamente à vontade para falar porque, sendo lisboeta, e não tencionando especialmente deixar de viver em Lisboa, gosto imenso do Porto.
Aliás, de uma maneira muito geral, gosto muito de cidades; de cidades verdadeiras, complexas, confusas, variadas, com personalidade, com alma. E o Porto é uma cidade dessas. Mas a grande característica das verdadeiras cidades é serem todas muito diferentes umas das outras. Ainda que com pontos comuns, as cidades existem para nos imprimirem memórias diferentes, para nos proporcionarem momentos diferentes, serem palcos diferentes para o sempre igual desenrolar dos mesmos dramas humanos.(...)»
Manuel Graça Dias, «Porto Seco»,
O Homem Que Gostava de Cidades, ed. Relógio de Água
publicada por Lourenço Cordeiro #
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