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Ma-Schamba discute-se a qualidade arquitectónica da Sé de Maputo. Pelas imagens concordo com o JPT: é muito «feiosa» (aproveito para dizer que não é verdade que os «oficiais desse ofício são muito renitentes em aceitar foice alheia», mas não me venham é dizer que a Igreja de Canavezes se parece com um quartel de bombeiros e é um atentado ao bom gosto.) Adiante. Além de feiosa é um exemplo de igrejas em betão que foram construídas com o intuito de manter uma imagem qualquer que as identificasse como "igreja". Naturalmente o neo-gótico é o caminho escolhido. Repare-se nas semelhanças com a catedral original: a simetria da fachada, um torreão central, a verticalidade pontuada nos contra-fortes (perfeitamente escusados na actual construção). Parece-me que se tratou apenas de construir maior, devido a uma qualquer necessidade prática. Maior mas não melhor, parece-me.
Bom, mas não era sobre isto que eu queira falar. Queria lembrar que uma parte importante da história da arquitectura portuguesa do sec. XX fez-se em África, em Angola e Moçambique sobretudo. O José Manuel Fernandes tem muita coisa escrita sobre isso. E falando de igrejas vem-me à memória outra imagem, que não da Sé, de Maputo (a «antiga Lourenço Marques»), que deixo aqui. Se não me engano trata-se da igreja de Santo António de Polana, e parece-me um exemplo mais interessante de arquitectura religiosa. Além disto, há que vangloriar Amâncio «Pancho» Miranda Guedes, inventor insólito do «estilo Guedes», e a obra de José Forjaz, ambos com muita coisa feita em Maputo.
publicada por Lourenço Cordeiro #
12:02