Contribuições, insultos, projectos de execução, mas principalmente donativos chorudos para:
1. O
Memória Inventada é o melhor blogue português. Aqueles rapazes transformam qualquer momento em literatura, o que me faz pensar em desistir de escrever sempre que lá vou.
2. A bem da vossa saúde leiam, no
Esplanar, a tradução que o Rui Branco está a fazer do conto de Emmanuel Carrère, «Vamos a jogar uma coisa». Comecem no primeiro capítulo, mesmo no primeiro. Eu
estou maravilhado, tal e qual o senhor de meia idade que aparecia no reclame àquela linha tele-amizade, ou lá o que era, foda-se.
3. Afinal, o Memória não é o melhor, o melhor é o blogue do
maradona (com minúscula), desculpem lá Ivan, Tulius e Difool. É a vida. Reparem-me neste texto sobre (pausa para fazer três vénias apesar da dor nas costas) Roger Federer:
«... o concerto da Madonna deve estar mesmo a começar. Apetece, pois, falar de Roger Federer. Mamava umas migas de espargos quando Federer despachava um surfista australiano com seis secos, sete seis (para descansar) e, novamente, seis secos. Só contra deus nosso senhor o magnânimo Agassi, Federer teve que jogar ténis. As suas pancadas não me fazem lembrar nada: são secas, colocadas, displicentes, quase involuntárias. Batendo a bola cedo ou tarde; subindo à rede ou ficando lá no fundo de corte; forçando os erros dos adversários ou batendo winners em catadupa; o resultado só não é mais um ponto para Federer se a ordem natural do mundo ainda contiver mistérios para o Homem. Dá a sensação que o jogo o enfada. Como consegue bater a bola de qualquer sitio para qualquer lugar à velocidade que mais lhe convir através da trajectória que lhe der mais jeito, uma partida de ténis, para Federer, é, na sua forma actual, mais uma luta contra a sua imaginação do que contra um adversário. Explicam-se assim facilmente os factos de ter mais derrotas contra tipos desconhecidos do que contra o conjunto dos jogadores que neste momento formam o top ten do ranking ATP e de nunca ter perdido uma final. Não se admirem, portanto, se um dia derem com a seguinte noticia: "Número 1 do ATP Champions Race adormece durante segunda ronda do torneio X". É dificil manter um tipo acordado quando a sua superioridade é tão avassaladora. Que seja ganancioso e que não se farte, é o que desejo.»
É do caraças, é do caraças. (Os mesmos 76 kg.)
Agora, se me permitem, vou ali inicializar a aplicação mais conhecida por Autocad. Fundo preto, linhas brancas, não há que enganar.
publicada por Lourenço Cordeiro #
10:26