O PROJECTO

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quinta-feira, outubro 14, 2004

 

Declaração de ódio ao Gesso Cartonado, pladur para os amigos, passe a publicidade

Toda a gente gosta do pladur (com mínuscula para se perceber que me refiro ao material, não à marca). As razões são muitas. Posso enumerá-las:

1. É leve (a delícia dos engenheiros, que vêm reduzidas as cp, cargas permanentes)
2. É fácil de montar, e muito mais rápido do que uma parede de alvenaria de tijolo
3. Permite vazios interiores para passa tubos e merdas
4. Facilita manutenções e reparações
5. Mas 4 já não chegam?

Enfim, é um mundo todo que se abre. Mas eu odeio o pladur. Detesto. Cartãozinho só para os tectos falsos e, e. Porquê? Já tocaram no pladur? O tacto é por vezes esquecido nas lides da construção. Não falo da textura, essa é lisa e agradável, falo da incontornável sensação que se tem que aquilo é cartão (estão aqui a fazer-me sinais que é mesmo cartão, só que com gesso lá dentro). Fragilidade, é esse o problema. A leveza, que há bocado referi como vantagem, é algo que eu não quero numa parede. Uma parede é grossa, pesada, e tem inércia térmica. Inércia. Como é que o pladur pode ter inércia? Não pode. O pladur é um corredor de 100 metros, musculado e ágil. Uma parede é um gajo enorme e pesadíssimo, onde não passa nada. O Ricardo Carvalho é uma parede, percebem? Ninguém diz que o Ricardo Carvalho é uma placa de pladur, francamente. O pladur é coisa de gaja. O tijolo é d'homem, vamos lá chamar os bois pelos nomes. Um gajo toca no tijolo, dá murros, pontapés, cabeçadas, e ele reage. Imóvel. Senhorial. Nada o deita abaixo. O pladur é montado numas calhazinhas de alumínio, frágeis e assustadas, com jeitinho e parafusos. Mas o que é isto? Parafusos? Mas está tudo doido, ou quê?

Morra o pladur. Pim.

Comentários:
Pladur, adoro-te!
Quem assim diz ou escreve, é porque não sabe o que é uma placa de pladur ou um sistema construtivo onde intervém o dito. Ele começa por ser efectivamente uma placa de gêsso laminado entre duas placas de fibra de celulose, erradamente não é cartão, e sim, tem todas as razões para gostar enumeradas e muitas mais.
O problema reside em dois factores primordiais:
Um o desconhecimento do material e dos sistemas por parte dos projectistas e aquitectos que apenas vê nele o seu aspecto formal, em que o utilizam para dar corpo aos projectos que fazem, sem perceberem as suas reais capacidades. O outro, este mais grave ainda, é a perfusão de instaladores que julgam saber instalar pladur, fazendo-o ao atropelo das mais elementares regras de execução, criando-lhe um imagem depreciativa.
Já agora, ele é tudo, pode ser parede grossa, ao contrário do que afirma ele não tem inércia térmica, é um óptimo isolante térmico e acústico, faz correcção da humidade, suporta cargas, etc. e só quem não habita numa casa completamente e correctamente executada em pladur é que pode afirmar tamanha barbaridade. Gostaria de vos ver a dar murros numa parede com alma de aço, correctamente executada.

Como alguem disse relativamente aos animais, "quanto mais conheco o tijolo e o betão, mais gosto do pladur".
 
Pelo que vejo a eterna questão do pladur versus construção em alvenaria, seja ela em tijolo, pedra etc, persiste. O que não percebem é que talvez ambos sejam plausiveis de utilizar mas em situações diferentes. No pladur não se trata de substituir o tijolo mas de oferecer outra forma de delimitar espaço, com todos as vantagens e problemas que tem mas que todas as técnicas de contrução têm. Acho até redutor em relação às possibilidades dos próprios materiais que uns digam sim senhor o pladur é que é e outros que não senhor vamos ao tijolo. A utilização de um e de outro faz parte das opções de projecto em resposta aos problemas que nos colocam.
 
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Resumidamente,nem para tudo é preciso força,o grande tem mais espaço para apanhar bala,o rijo quebra mais fácil.
 
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